
Tele.... móvel!

Numa chamada nesse tempo, a pessoa ou atendia o telefone, ou então ficava sem saber quem teria ligado para ela. Se não estivesse em casa nem sequer saberia que lhe tinham ligado!
Quem ligava, se não atendiam do outro lado, ligava mais tarde que era o remédio.
Bem, onde quero eu chegar com isto?
CHEGOU O TELEMÓVEL.... é aqui que quero chegar precisamente... ora chegou o telemóvel e eu comprei um. Como a tecnologia evoluiu, não sou obrigado a aturar o "TRRIMMM TRRIMMM" sempre que alguém me liga, então coloco-o sempre em vibração. Como no telemóvel as chamadas não atendidas ficam registadas, permitem-me não andar sempre com ele de um lado para o outro. Normalmente vejo as chamadas não atendidas e retribuo o acto.
Este post escrevo porque sou criticado por não atender o telemovel quando me ligam. Ora se o telefone é movel e pode ir para todo o lado, não deveria eu atender logo, todas as chamadas que me fazem? O raciocínio não está errado, mas a resposta à questão é não.
Não porque não, não ando com o telemóvel para todo o lado, não porque não o ouço sempre que toca pois tenho-o apenas em vibração e não porque não me sinto escravo da nova moda derivada da tecnologia a que se chama disponibilidade permanente. Não tenho essa disponibilidade a não ser para mim senão vejamos:
- Se estiver na casa de banho a cagar e ouvir o telemóvel a tocar no quarto...
- Se estiver a fazer amor com a minha namorada e o telemóvel tocar na sala...
- Se estiver a dormir e tocar o telemóvel dentro da gaveta da mesinha de cabeceira...
- Se estiver a almoçar ou jantar e o telefone estiver a tocar seja onde for...
... não atendo. Nestes momentos não existo para mais ninguém a não ser quem tenho perto de mim. A esses sim, a disponibilidade deve ser dada totalmente.
Já por várias vezes me deparei com pessoas que estando comigo, estão mais com o telemóvel que comigo. A escravidão celular como lhe chamo é das formas de falta de educação mais repugnantes que conheço.
No final nem é só a presença das pessoas que é prejudicada mas também a privacidade e o direito à opção que nos é retirado mesmo pelas pessoas mais íntimas. Todos podemos não atender uma chamada seja pelo que for sem que tenhamos de ser questionados por isso. Esta é uma liberdade básica que sempre nos assistiu enquanto existiram os velhos telefones e que agora nos é retirada deliberadamente consciente ou inconscientemente, mas que nos prejudica a níveis que muitas vezes não são equacionados.
20 de março de 2007 às 09:24 Amigo, estou contigo e não abro!!!
20 de março de 2007 às 09:26 Porque é que não atendes o télélé...? LOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOL
;)
20 de março de 2007 às 19:40 Estou fazendo amor... com outra pessoa! :D
31 de março de 2007 às 04:24 LOLOLOL
Eu também não atendo o telefone em certas situações, mas particularmente quando estou a dormir. Depois digo coisas sem sentido ou não ouço metade, que os comprimidos ainda estão a fazer efeito :))
31 de março de 2007 às 23:04 De manhã é outra altura imprópria para atender chamadas... mas o meu patrão "obriga-me"! Ele nem sabe o mal que faz!!!
ah ah ah ah ah!