Sobre a morte do Mike...

Lembrei-me que ele existia quando surgiu a notícia da sua morte. Estava eu a dormir quando abri um olho e vi a notícia em formato especial com direito a interrupção da programação normal... voltei a fechar o olho e dormi, dormi. Sonhei com um recorrente "está tudo louco" mas dormi como um menino.
O homem já tinha morrido na verdade, penso que já ninguém se lembrava dele pelos bons ou pelos piores motivos e por isso os noticiários apenas estão a oficializar um facto antigo.
Sobre o artista há a dizer que se rodeou dos melhores e por ele próprio também ter sido um deles, conseguiu durante os anos 80 inovar e revolucionar uma indústria que por esta altura se encontrava algo anestesiada. Podia aparecer um novo Mike agora que bem era preciso, mas diferente deste que morreu gasto e desgastado por uma série de asneiradas valentes que em nada abonam a favor do personagem em questão.
Não é no entanto de estranhar a onda de "choque" e também de revivalismo da discografia já bolorenta mas que afinal de contas ainda resulta se misturada no meio da programação rádio dos dias de hoje na qual reina a falta de qualidade. Nos últimos dias foram quebrados alguns recordes de vendas e isto não fica por aqui, pois antevejo a Sony Records a tirar máximo partido do valor potencial que a morte do artista criou.
Foi portanto o melhor que ele tinha a fazer, pela sua carreira e pela sua vida... num "gesto altruísta" acabou por inocentemente ajudar o Mundo a tornar-se num sítio melhor onde podemos, uma vez por outra, apreciar o seu legado musical sem que sejamos obrigados a fazer juízos de valor sobre o seu autor.

0 Responses to Sobre a morte do Mike...